segunda-feira, 7 de março de 2016

A EAPE não é minha Escola de Governo!

Por, Antonio Gomes da Costa Neto*

Compulsando o sítio institucional da EAPE, o mesmo divulga para o exercício de 2016 diversos cursos, incluindo alguns destinados a Carreira Assistência à Educação, porém, marcado ainda pela ausência desses profissionais como seus formadores.

Em sua divulgação promocional, o site da EAPE afirma que serão disponibilizadas “cerca de 10 mil vagas para o primeiro semestre de 2016” e os “cursos são voltados para os profissionais de educação”.

No início de 2016, uma Portaria da Secretaria de Educação tinha como previsão o “possível” disciplinamento do acesso de formadores do “quadro” da EAPE, com os diversos segmentos de trabalhadores da Educação Pública.

Após um levantamento realizado junto ao órgão de Educação, em relação à Carreira Assistência à Educação verificamos a existência de 52 (cinquenta e dois) profissionais com título de Mestre, 1.964 (hum mil, novecentos e sessenta e quatro) especialistas e 2.650 (dois mil e seiscentos e cinquenta) graduados, sem contar os diversos profissionais em nível técnico.

Notadamente, o corpo funcional da CAE é devidamente habilitado para ministrar cursos, sua exclusão da Escola de Governo dos Funcionários da Educação, não se justifica e não há razão para essa falta de aproveitamento do corpo funcional.

Esperamos em breve, seja divulgado um processo seletivo que contemple a Carreira Assistência como formadores de seus pares, porém, com o direito ao recebimento da gratificação de encargo de curso na forma disciplinada em legislação Distrital.

Se a Escola de Formação de Profissionais da Educação, cuja ausência entre os seus 99 (noventa e nove) formadores de nenhum servidor da Carreira Assistência, essa não é a minha escola de governo!

* Antonio Gomes da Costa Neto é Técnico em Gestão Educacional, Doutorando em Ciências Sociais e Mestre em Educação.

Um comentário:

  1. Muito bom o texto! Não esqueçamos que temos também doutores na CAE. A EAPE nunca foi direcionada a outra carreira que não a do magistério público. Mudar esse desvirtuamento sempre uma luta nossa que a atual diretoria do SAE, cujo grupelho se perpetua há mais de trinta anos no poder, simplesmente ignora, por ser parte da mesma corrente enraizada também no Sinpro. Não há luta de categoria se não combatermos essa relação de de subserviência entre sindicatos. É tanto grave quanto o que ocorre nas direções de escola e nos casos de ocupação por professores dos cargos típicos da Carreira Assistência. Aliás, esse nome deveria há muito tempo ser alterado, porque técnicos não são "assistentes" da carreira magistério, não existe carreiras meio e fim em educação. A realidade da EAPE hoje é apenas uma extensão desse preconceito e desse descaso generalizados.

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