Frederico
Vitor
A cada dois dias é aberta
uma associação sindical no Brasil. Após a era Lula, País vive verdadeira
“indústria” de organizações que estão de olho nos R$ 2 bilhões que governo
repassa para as mais de 14 mil entidades existentes hoje com registro no
Ministério do Trabalho.
De olho na divisão
bilionária da contribuição sindical pelo governo federal, uma nova entidade
sindical surge a cada dois dias no Brasil. A União destina anualmente mais de
R$ 2 bilhões para os 14.922 sindicatos, federações e confederações registrados
atualmente no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Na realidade, abrir uma
associação de trabalhadores tornou-se um grande negócio que, em médio prazo, se
não houver regulação, poderá resultar em uma crise política sem
precedentes.
Em vez de alta produtividade
associativa, no entanto, parece haver uma situação de descontrole total na
concessão de registros para novas entidades sindicais. A estreita relação entre
a fabricação de sindicatos com os interesses políticos e partidários fica
evidenciada quando se esmiúçam as diretorias destas organizações. A esmagadora
maioria opera em estreito controle e influência de siglas de diferentes matizes
ideológicas que ocupam várias esferas de poder. Fato inegável, o fenômeno de
multiplicação de sindicatos teve início após a subida de Lula (PT) pela rampa
do Palácio do Planalto, em 2003.
Se no período da ditadura
civil-militar os sindicatos eram sinônimos de luta por democracia e abertura
política, com o fim da repressão, em grande medida organizações sindicais se
perderam. Muitos se tornaram conservadoras, ainda que mantivessem um discurso
progressista. A reestruturação do mundo do trabalho, com a reconfiguração do
processo de acumulação de capital iniciada nos anos 70, de certo modo
enfraqueceram os movimentos sindicais não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
Nesse processo, os dirigentes sindicais tiveram grande parte de culpa pelo
esvaziamento dos organismos sindicais.
No primeiro governo Lula
deu-se um processo de cooptação da maioria dos sindicatos, sempre no intuito de
não incomodar os governos petistas. Neste viés, criar sindicato tornou-se um
negócio lucrativo, se aproveitando da partilha bilionária do imposto sindical,
sem uma fiscalização real da destinação do recurso. Não é raro haver
sindicalistas ostentando padrão de vida incompatível com os rendimentos
declarados, com gordas ajudas de custo, viagens com hospedagem em hotéis de
luxo, carros com motoristas e outras mordomias mais.
Crise
Política
FONTE: JORNAL OPÇÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O espaço de comentários do Blog do Movimento Alternativa será moderado e não serão aceitas as seguintes mensagens:
1 - Com conteúdo calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade, ou que desrespeite a privacidade alheia que possa ser interpretado como de caráter preconceituoso ou discriminatório a pessoa ou grupo de pessoas;
2 - Com linguagem grosseira, obscena e/ou pornográfica;
3 - Que caracterizem prática de spam;
4 - Anônimas ou assinadas com e-mail falso;
O Movimento Alternativa:
1 - Não se responsabiliza pelos comentários dos freqüentadores do blog e se reserva o direito de, a qualquer tempo e a seu exclusivo critério, retirar qualquer mensagem que possa ser interpretada contrária a estas Regras ou às normas legais em vigor e por qualquer dano supostamente decorrente do uso deste serviço perante usuários ou quaisquer terceiros.
2 - Se reserva o direito de modificar as regras acima a qualquer momento, a seu exclusivo critério.
Obrigado por sua contribuição.
A SUA OPINIÃO É MUITO IMPORTANTE!!!
O Movimento Alternativa agradece!